Morte
às vassouras, é uma narrativa emocionante, contendo a análise crítica de uma
jornalista, que trabalhou como empregada doméstica em Portugal, regime interno, que para ela significava um cárcere.
Uma
realidade vivida por muito emigrantes, mas registradas por poucos. Um relato
histórico e polêmico como nenhum outro...
“Cheguei de mansinho, oportunamente convidada para dar um apoio físico aos móveis, pratas, cafés da manhã, almoços, jantares e principalmente aos anciãos.
Usando
uma máscara de timidez, fui aos poucos com meu: muito obrigada, por gentileza,
com licença, além de palavras eruditas escapadas prévia e propositadamente.
Ao
qual sentia olhos atentos sendo depositados em mim, curiosos e ao mesmo tempo
alheios , frios.
Nos
momentos de regozijo, alguns comentáarios enaltecedores, tipo como ela é
educada, meiga... É assim porque lê muito, não é?
Sentia- me perdida por entre panelas, mesas pré- colocadas, ritual, ritual.
“ A vida é um ritual, amorzinho”
Agachada
ao chão catando pequenas migalhas de pão que caíam enquanto almoçavam ou
jantavam com a minha presença, à espera que eles acabassem, como se fosse uma
estátua apodrecida, sem vida, no meio da sala.”
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