sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Dona Sexta

A D. Sexta acordou exultante.
Foi até a cozinha lavou as taças, jogou os restos de cinzas do incenso no jardim, acarinhou a cadela, cochichou algo no seu ouvido, que a fez rosnar.
Depois colocou na vitrola uma canção que há tempo não ouvia, cantarolou alto e dançou. Assim, como dançam as andorinhas no verão, alegres e felizes.
Agradeceu a sua vida, sua liberdade, suas asas, seus pés, sua alma sedenta.
E ao final despiu-se, e saiu a caminhar descalças de braços dados com o SR. Infinito. Um homem galante que acabou de conhecer, na esquina do fim do mundo.

 Enquanto isto um par de olhos os observava esfuziante, era o S.R Domingo que contava as horas para entrar na cena.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Bêbado

Ô nego, tô preocupada com tu!
Se mandou lá pro Japão, sem nem fala a língua deles.
Fiquei sabendo que teu time de bola foi campeão. Do jeito que tu é mantega derretida, aposto que chorou.
Tô fazendo uma força danada pra entender tua paixão. Afinal essas coisas do coração ninguém consegue explicar. Num, é mesmo?
Um poeta me falou, que paixão é igual quando a gente fica bêbado, mas que uma hora a lucidez aparece e pronto, acabou-se o encanto.
Bom é isso, acho que preciso beber um pouco mais.

Bejo, e se tu vier hoje num esquece a salinas!!

A NEGA