domingo, 29 de outubro de 2017

"Se eles, os estudiosos, antropólogos, cientistas, diretores de cinema etc, precisam das nossas histórias para realizar seus feitos e produções, isso é um sinal, que na nossa periferia, existem riquezas por nós desconhecidas. Então resolvi me tornar protagonista da minha própria vida.
Mais ainda, comecei a me dar conta que os nossos parcos recursos por exemplo eram direcionados para o enriquecimento dos fabricantes de grifes famosas. A multiplicação desta equação é simples, endinheirados cada vez com mais recursos e pobres cada vez mais endividados.
Mas que malandra eu era?! Foi só depois de muito tempo que descobri que estava tudo errado. A partir de então comecei a salvar meu dinheiro.
Hoje criei meu próprio estilo, com roupas muitas vezes adquiridas em bazares solidários, onde compartilho as minhas também. Acima de tudo as roupas devem ser recicladas. Servem muito mais de adorno para alma e não só para o corpo. E quando usamos roupas só para enfeitar o corpo, quase sempre são de mau gosto.
Dívidas, prejuízos morais e materiais, uma real sensação de estar sempre enxugando gelo. Tive que chegar ao fundo do poço para finalmente adotar a prática da economia criativa, ou seja, passei a transformar tudo à minha volta, me tornei uma empresária de negócios humanistas, o que significa compartilhar bens de consumo, aprendizados intelectuais e emocionais etc. Realizamos todos os dias uma verdadeira feira da pechincha, o que torna todos mais Ricos.


Professor!
Adote o livro "Riqueza Ignorada- A grande descoberta" como material de apoio na sua escola.
Mais informações: claudiacantojornalista @gmail.com
Release:
O que vem à tona nas entrelinhas deste livro são prosas, crônicas e poesias, escritas em circunstâncias que muitos considerariam verdadeiras provações. Ora trabalhando como empregada doméstica em Portugal, quase como um cárcere, ou em uma psiquiatria e mais tarde como pesquisadora nas ruas, mal podia imaginar que essas experiências empíricas se traduziriam em uma riqueza literária sem precedentes.
Foi nos atalhos menosprezados por muitos, que encontrei a riqueza que ignorava. Esses momentos atribulados, me fizeram criar resistência e transformar o meu projeto literário em uma verdadeira saga.
Sagaz, passei a usar meus cinco sentidos para aproveitar todas as oportunidades, que caíam em minhas mãos,
assim colhi verdadeiros diamantes e com eles transformei e transformo minha realidade na prática todos os dias.
Descobri que era tudo mentira o que diziam, não, não, não, eu não era pobre!
Na verdade nasci em um berço de ouro instalado em um lar humilde na periferia de São Paulo, mesmo que este berço fosse uma bacia de banho.
Esta grande descoberta me proporcionou uma incrivel autovalorização e autoestima, assim portas foram abertas, pessoas generosas me apoiaram e consegui realizar a façanha de ser a primeira “afro-indígena” do maior complexo habitacional do Brasil, Cidade Tiradentes, a apresentar um livro em um dos mais importantes centros de estudo do mundo, Universidade de Oxford.
Sim, eu escolhi um outro tipo de riqueza, afinal somos o que acreditamos
Claudia Canto