segunda-feira, 13 de junho de 2016

O assédio também pode estar em uma simples olhada

Nova crônica no Portal Deu Na Telha
Por Cláudia Canto 


Antes da “Cidade Tiradentes” entrar na nossa vida, o cenário era muito triste. Ela nos tirou de um recôndito de tristeza e desatino. Nosso antigo lar eram apenas dois compartimentos pequenos e mal iluminados, e com isso a cor predominante era a penunbra. Era ali naquele ambiente que coabitávamos com baratas e ratos, que se escondiam nos buracos do assoalho de madeira, que tentavamos fechar com jornais velhos, mas nossas artimanhas não adiantavam, porque à noite bem de noitinha, eles saíam sempre para nos visitar.
Íntegra do texto no Portal Deu na Telha
http://portaldeunatelha.com.br/o-assedio-tambem-pode-estar-em-uma-simples-olhada/

Lançamento na Flip

Breve: Compartilharemos nossas Riquezas na Feira Literária de Paraty-RJ
Adicionar legenda
Morte às vassouras, é uma narrativa emocionante, contendo a análise crítica de uma jornalista, que trabalhou como empregada doméstica em regime interno. Uma realidade vivida por muitos emigrantes, mas registradas por poucos. Um relato histórico e polêmico como nenhum outro...
“Cheguei de mansinho, oportunamente convidada para dar um apoio físico aos móveis, pratas, cafés da manhã, almoços, jantares e principalmente aos anciãos.
Usando uma máscara de timidez, fui aos poucos com meu: muito obrigada, por gentileza, com licença, além de palavras eruditas escapadas prévia e propositadamente.
Ao qual sentia olhos atendtos sendo depositados em mim, curiosos e ao mesmo tempo alheios , frios.
Nos momentos de regozijo, alguns comentáarios enaltecedores, tipo: como ela é educada, meiga. É assim porque lê muito, não é?
Sentia-me perdida por entre panelas, mesas pré- colocadas, ritual, ritual.
“ A vida é um ritual, amorzinho”
Agachada ao chão catando pequenas migalhas de pão que caíam enquanto almoçavam ou jantavam com a minha presença, à espera que eles acabassem, como se fosse uma estátua apodrecida, sem vida, no meio da sala.”