segunda-feira, 10 de abril de 2017

Essência do poeta

Antes da alma de um poeta entregar-se, ela se iludi propositadamente. Como se a ilusão, fosse a porta motriz do enredo do seu amor. Quase conscientemente, fecha os olhos para o que existe, para tornar realidade o que não existe. Primeiro ela tira os entulhos do caminho, analisa os objetivos que possam afogar sua libido, observa as entrelinhas, as sutilezas, o toque, as gentilezas, o dito pelo não dito... E assim segue, desmontando o quebra cabeças da realidade. Tudo isso para tornar possível a devassidão do seus dias. 
A alma do poeta é antes de tudo suntuosa, quase arredia, como um puro sangue solto nas pastagens da vida. 
Assim age a alma de um poeta, com o único e belo propósito de dar luz a sua poesia...

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